Jogo estranho

Flamengo 1 x 0 Amazonas

Aqui pra nós: alguém imaginava que o Flamengo não tivesse total facilidade para vencer, com folga, o Amazonas?
Tudo começa por aí. O tal do Amazonas.
Cacauzinho, com seu amplo conhecimento de causa, alertou, informando que este era um time de empresários, com jogadores conhecidos e muito bem arrumado pelo treinador Adilson Batista. Tudo verdade. Reportagem confirmada. O time do Amazonas foi muito além do que dele se poderia esperar.

E o Flamengo?
Acho que estamos vivendo um problema de saber o que queremos.
Jogo comendo, recebo mensagem dando conta de que o repórter informava que teríamos um time alternativo para a Copa do Brasil, a começar pelo goleiro, que seria o deste jogo até o final.
Não acreditei. E se esbarrarmos na frente contra o Palmeiras ou Atlético Mineiro?
Prefiro acreditar que o meu amigo tenha entendido a informação de forma equivocada, pois esta não confirmada estratégia beira o absurdo.

Este jogo, mais uma vez, deixa claro que, jogar com uma penca de atacantes não quer dizer que se esteja mais próximo do gol adversário e, consequentemente, do bom resultado.
Sou do time do João Saldanha e do Gerson, “Canhota de Ouro”: O jogo se ganha é no meio-campo.
Houve momento em que tivemos quatro atacantes. Com isso, Gerson, que é um jogador criativo, teve a obrigação de jogar fora de suas características, mais preocupado em defender do que criar.

O resumo da ópera é que no jogo da volta fica a obrigação de ser colocado em campo o que tivermos de melhor. Como diz Muricy Ramalho, “quando se erra de forma absurda, a bola pune…”

Para finalizar: há uma distância quilométrica entre o Gabigol que vive na memória afetiva do torcedor rubro-negro e o Gabigol de hoje.
Com todo respeito ao passado e ao sentimento de gratidão, que todo ser humano deve ter.
Sem Arrascaeta, nossa criação desmorona. Em três ou quatro lampejos, define um jogo.
Precisamos arrumar a casa. Com urgência!